Aqui é o seu lugar

Então você é como um daqueles tantos outros: fica de olho em uma calça linda (e cara) mas não compra por dó dos 140 reais e, minutos depois, gasta esse mesmo valor com coisas bestas que jamais vai usar, tipo um par de brincos com pingente de xamã, um leque chinês e um porta-qualquer-coisa? Pois é: a soma (das parcelas) e a subtração (do salário) são as contas mais complexas que a matemática já nos apresentou.

Aprochegue-se, sente-se e tome um café! Aqui é o seu lugar e é com você mesmo que eu quero falar. A ideia é: gastar bem e sempre, de forma moderada e inteligente. Juntos, a gente consegue.

segunda-feira, 22 de fevereiro de 2010

E não é que R$ 1 faz estrago?

[PobreTabémSeDiverte] Hora de morder a língua: se tinha uma coisa que me irritava loucamente nos áureos tempos da adolescência eram aqueles blogs/fotologs e outros espaços virtuais usados como diário. "Hoje eu vi TV e comi chocolate". "Amanhã vou ao cinema com o Patrick [jovens têm esse nome, mas velhos não. Já reparou?]". "Festa na casa da, Rê, sensacional. Sons muuuito ecléticos!". "Eu e meus amigos na praia. Só curtição e azaração!".

(Se vai fazer uma coisa dessas, tente a receita de minha querida irmã Alba: cotidiano com visão divertida. Aí sim. E é verdade, eu chamo Adriele e ela Alba. Isso porque você não conhece o nome das outras três. Sim, somos em cinco, sendo quatro com nome bem "estranhinho")

Urtiguisses e merchans à parte, explico o porquê desse começo, um tanto, confuso. O fato é que vou contar meu fim de semana. Sim, leitor, desculpe-me, mas é por uma boa causa.

Se tem uma coisa que compromete a saúde mental do endividado é essa coisa insana de não poder gastar um centavinho sequer. E se é proibido gastar uma fração de Real, 30 paus no bar é, no mínimo, impraticável. E quem mora em São Paulo e mediações sabe como é compricadin mostrar o sorriso em algum lugar sem gastar esse valor.

Posintão. Se cachaça é caro por causa da alta procura, tem uma coisa que é bem em conta por conta da demanda inversamente proporcional: programas culturais. Não vou falar para você passar a tarde de sábado no Ibirapuera - apesar de ser uma linda ideia - porque isso é muito clichê. E se fosse para você ler o que já sabe, não viria aqui, correto?

Mas o fato é que fui com meu respectivo neste sábado assistir a uma amostra do inigualável Hitchcok. Ideia genial: por R$ 1 no Cine Olido, centro, ou zero real - eu disse ZERO REAL - na Biblioteca Pública Roberto Santos, no Ipiranga. Veja mais aqui.

Vimos Frenesi, que conta a história de um serial killer que mata a mulherada por enforcamento com gravatas. Suspense + pressão psicológica + humor (sim, humor) + enredo inteligente + fotografia sensacional. O local escolhido, pela sessão e horário, foi o Cine Olido, pertin da estação São Bento do metrô. A cadeira não era lás aquelas coisas e o cheiro do local era, digamos, peculiar. Mas valeu muito a pena. R$ 1 + o transporte, dá uns R$ 5. E se você for no Ipiranga, pode ver um milhão de filmes por nada.

Fique esperto: sempre há programas culturais pra se fazer em Sampa. basta perder o preconceito e mandar ver nas oportunidades

Sua missão de hoje é: recarregar o bilhete único para assistir um filme a R$ 1 e ainda nem pagar a passagem de volta para casa

Ah sim, mais um benefício

[ParaSairDaRotina] Ceres omanos que me leem, dá ate um aperto no peito quando eu abro o brog e vejo que, na verdade, a última postagem foi em nada menos do que 11 de fevereiro. Que abandono mais desleal! Sempre me irritei com esses posts de pedido de desculpas e autocomiseração, como se a existência daquele que escreve fosse assim, tão importante na vida alheia. Além disso, são promessas tão vãs essas de "vou postar mais, continuem lendo, blablabla". Ui, gente chata.

Enfim, hoje serão dois posts porque meu coração está quebrantado e sim, acho que sou importante na vida de alguém. Bom, minhas irmãs, entre elas a Alba, dão uma passadinha aqui. Pelo menos para comentar algum texto, na tentativa de que eu faça o mesmo no brog dela. Blogueiro é uma coisa umbigueira mesmo!

O primeiro post desta noite quente para bunéis é sobre a revisão do preço do IPVA em Sampa. É uma coisa tão bonita!

Olhem que lindeza esse comunicado que a Secretaria da Fazenda mandou pra imprensa:

Secretaria da Fazenda faz ajustes no IPVA de dois modelos Gol

Correções farão com que proprietários tenham direito a devolução, que já está disponível


A Secretaria da Fazenda de São Paulo fez duas correções na tabela do IPVA 2010 que resultaram em ajustes na cobrança do tributo para dois modelos do automóvel Gol, da Volkswagen. Todas as mudanças, segundo a Fazenda, foram em benefício dos proprietários de veículos.

Hahahhahahaaahah/ hehehehhehehehehhe/ hieieieieieiieie/ huauahuahuahauahauha/ kkkkkkkk

Seja qual for a risada que você utilize, querido leitor, lance mão dela agora. Benefício para os proprietários? Os manés pagam um treco que foi malcalculado, se lascam com juros e lá vai cacetada, e me falam que é coisa do bem? Nada como saber usar as palavras para, digamos, direcionar o texto.



O primeiro caso atinge os veículos Gol 1.0 G IV (código IPVA 1157780), anos de fabricação 2008 e 2009. Um erro da Fipe, que produz a tabela de valores venais para a Secretaria da Fazenda, fez com que a base de cálculo ficasse mais alta. O ajuste foi feito pelo governo, mas proprietários que quitaram o imposto em janeiro, em cota única com desconto, acabaram pagando a mais. Nesse caso, os valores a serem ressarcidos já se encontram disponíveis. Para sacar, os proprietários devem comparecer a uma agência da Nossa Caixa com os documentos pessoais e do veículo.

Ai, não vou falar mal da Fipe. Amo essa instituição sensacional, com pesquisinhas ótemas. Errar é humano, oras (e vou fazer minha pós lá! ooopsss)

Para quem fez a opção pelo parcelamento, a primeira quota também foi cobrada com valor maior. Nesse caso, o ajuste foi feito pela Fazenda na parcela de fevereiro, que veio com o desconto do que foi cobrado a maior na primeira quota. Em março, o valor já estará correto e corresponderá a um terço do valor já corrigido. Dessa forma, o valor das três parcelas somadas - mesmo que diferentes - corresponderá ao imposto devido. Contribuintes nessas condições não precisam fazer nenhum ajuste. Quem pagou o imposto em cota única em fevereiro também não precisa se preocupar: o valor já é o correto. A frota de carros nesse grupo é de cerca de 36,3 mil, mas ainda não há um levantamento de quantos fizeram o pagamento em janeiro com desconto ou parcelado.

36,6 mil que se lascaram. Eu não! =S

O segundo caso refere-se aos modelos Gol MI (código IPVA 1157370), anos de fabricação 1995, 1996 e 1998. Nesse grupo, o ajuste foi adotado como exceção à regra de cálculo, para que os contribuintes não tivessem um aumento no tributo. A antiga lei do IPVA (Lei nº 6.606/1989) previa que para os veículos usados até dez anos de fabricação a base de cálculo correspondia ao preço médio vigente no mercado no mês de setembro e para os veículos entre onze e vinte anos de fabricação era obrigatório o emprego de redutor, de tal sorte que o veículo com onze anos tinha sua base de cálculo obtida multiplicando-se o preço de mercado para o de dez anos por 0,90 e assim sucessivamente. Ou seja, o imposto correspondia a 90% do valor do ano anterior.

A nova lei do IPVA (Lei nº 13.296/2008) impõe o preço médio de mercado vigente em setembro como base de cálculo para veículos usados até dez anos de fabricação, mas tornou facultativo, para os veículos entre onze e vinte anos de fabricação, o preço médio de mercado ou a aplicação do redutor.

Você entendeu? Nem eu! Por isso que erraram o cálculo

Ante as duas alternativas facultadas pela nova lei do IPVA, a Secretaria da Fazenda elaborou em outubro de 2009 duas tabelas, de acordo com o permitido pela legislação. Naquela oportunidade, verificou-se que o valor de mercado, se aplicado para todos os veículos com mais de 10 anos de fabricação, resultaria em variações nominais maiores que o valor venal em relação ao exercício anterior, em alguns casos chegando a até mais de 60%. Assim, o governo optou por continuar aplicando a regra dos 90%.

Ahhhh sim.... (?)

No entando, a aplicação do redutor mostrou-se desfavorável para os veículos modelo Gol MI, anos de fabricação de 1995 a 1998, fazendo com que o governo voltasse atrás e abrisse, para esses casos, exceção, utilizando-se dos valores de mercado como base de cálculo. Para esses casos, que correspondem a uma frota total de cerca de 21 mil carros, os procedimentos de ajustes e ressarcimento são os mesmos já citados.

Compreendo..... (?²)

Além do Gol, outros três modelos também tiveram ajustes no IPVA 2010: Jeep G Cherokee Limited, GM Captiva Sport FWD e moto Sanyou XGW V1500W. A frota total desses veículos, somada, é de cerca de 4 mil unidades. 
 
Fique esperto: se merdas dessas acontecem, não há muito o que fazer. Em primeiro lugar você, nem eu, nem a Fipe, muito menos a Sefaz, sabemos fazer a conta direito. Só quando pessoas abençoadas admitem o erro é que recebemos o dinheiro
 
Sua missão de hoje é: aceitar que erros sim, acontecem

quinta-feira, 11 de fevereiro de 2010

Aqueles 30% - o retorno

[Dia 16.2] Olha, se você quer fazer um blogueiro feliz, basta fazer um comentário. Não sei se todo blogueiro bobo é assim, mas eu posso dizer que eu sou! É tão lindo quando o fazem de livre e espontânea vontade, sem você obrigar namorado + amigos a serem voluntários.

Uma mocinha que eu não conheço e que não coagi a participar deste humilde espaço virtual comentou o post imediatamente anterior, sobre os 30%: "Tina Bini - Que medo dessa conta! Estou MUITO longe dessas proporções...#fail!Rs"

Ela se referia, acredito eu, na divisão do orçamento, com base na média do Dieese. Quanto do salário vai para alimentação, quando para moradia e assim por diante.

Mas não é para me vangloriar como Blogueira Que Recebe Comentários que vos escrevo (tá, é um pouco!). A grande questã é analisar a situação. Realmente, quando começamos a colocar a casa em ordem, percebemos que tem uma almofada jogada no banheiro e a escova de dentes no meio da pia da cozinha. E é exatamente porque estamos na bagunça que é necessário arrumar.
 
Então, fazer essa conta para avaliar sua real situação é o primeiro passo do sucesso (#otimistaemdemasia). Tá, é o primeiro passo para você passar um período de privações nada agradavél que, aí sim, desembocará em uma zona, digamos, de um certo conforto orçamentário. Afinal, sucesso têm as pessoas que nos empregam, não é?
 
Então, enfrente essa situação! No meu caso, sem contar juros, correção monetária e outros encargos, o gasto com vestuário representava uns 50% do salário, até mais, quando as parcelas acumulavam. Loucura! Hoje posso dizer que estou na média. Não é que parei de comprar roupas (que mulher consegue?), mas agora faço isso de uma forma sustentável. Afinal, as parcelas somam.
 
Fique esperto: o diagnóstico serve para que o médico possa receitar o remédio certo. Então, nada de xurumelas e manda ver no planejamento! Mas, se você estiver fora do padrão super feliz e saltitante, sem nada fora do controle, não tem motivo para querer entrar na média
 
Sua missão de hoje é: fazer a conta e verificar se é necessário fazer parte da multidão

terça-feira, 9 de fevereiro de 2010

Aqueles 30%

[Dia16] Se tem uma coisa que me irritava quando eu era, digamos, não comedida com a carteira era aquela coisa dos 30% do salário. Por que diabos não posso assumir uma parcela que seja superior a essa proporção mágica? Afinal, daonde saiu essa fatia de bolo cabalística que dita quanto eu posso gastar? O dinheiro é meu ou não é?

Depende. Se o dinheiro que você gasta estiver com a cor azul na conta bancária, ele é seu. Se estiver vermelho, é do banco. Lúdico, não?

Os profissionais especializados em economia domésticas, palpiteiros e outros entusiastas cibernéticos (uhnn.. quem?) não tiraram esse peso do nada. Podem até estar repetindo aos quatro ventos sem conhecer sua real importância, mas a explicação é simples: porque, filhão e filhona, viver custa caro. E além da malfadada parcela dividida em 84 vezes iguais você tem mil e uma coisas para pagar todos os meses — sem contar os imprevistos estraga-prazeres.

Para trazermos essa coisa toda a um ambiente muito mais explicativo vale citar uns dados do Dieese, aquele instituto que levanta os preços de cesta-básica, do custo de vida na cidade de São Paulo e tantas outras pesquisas. Para levar em consideração o efeito da inflação no orçamento da pessoa (o já citado custo de vida) ele cria os pesos que cada gasto tem no seu bolso. Pela média utilizada atualmente, a divisão é a seguinte:

Alimentação: 27,44%
Habitação: 23,52%
Transporte: 13,62%
Saúde: 8,18%
Vestuário: 7,87%
Educação: 6,91%
Equipamento doméstico: 6,13%
Despesas pessoais: 3,96%
Recreação: 2,08%
Despesas diversas: 0,29%


Na prática, isso significa basicamente que, pela média, o salário do paulistano é dividido da forma acima. Cada caso é um caso, mas esse é o básico, visse? Agora me diz, como você vai gastar mais do que 30% na parcela do carro ou de qualquer outra conta se tem que comer e se vestir? Triste, não?

Fique esperto: é exatamente por causa disso que você precisa daquela planilha cheia de números, cifras e rabiscos. É preciso saber exatamente quanto você ganha e quanto pode gastar. Você tem que ter completa noção e intimidade com ela. Ui!

Sua missão de hoje é: fazer uma regrinha de três para saber qual a proporção de gastos do seu salário e comparar com a média do Dieese

quarta-feira, 3 de fevereiro de 2010

Olha a mordida aí, gente!

[ParaSairDaRotina] Não adianta. Mesmo sendo endividado você precisará, invariavelmente, declarar o Imposto de Renda.

"Masperaí! Eu devo no banco, na venda, no açougue e na loja de departamento mas, mesmo assim, tenho que declarar estar budega?"

Pois tem.

A grande questã, coleguinha, é que antes mesmo de você pensar, a Receita Federal já abocanhou o seu rico dinheiro. Ele é um dos descontinhos de seu salário, no caso de você ser CLT, então nem chega a sentir o cheiro da coisa. Como deve - espero, do fundo do coração - saber, a alíquota varia conforme o valor que você recebe.




Dá uma olhadin:


  • Até R$ 1.434,59: isento
  • De R$ 1.434,60 até R$ 2.150: 7,5%
  • De R$ 2.150,01 até R$ 2.866,70: 15%
  • De R$ 2.866,71 até R$ 3.582: 22,5%
  • Acima de R$ 3.582: 27,5%
As contas devem ser acertadas com a Receita entre os dias 1o. de março e 30 de abril. Aí que vem a coisa bonita: no momento da declaração é que você tem a oportunidade de reaver o dinheiro que o leão abocanhou injustamente, com toda certeza. Você comprova que gastou com saúde, educação, que tem dependentes e precisa daquele dindin de volta. Claro que ele não te devolve tudo o que você pagou - nem sonhe com isso, essa é uma das formas pelas quais o governo se enche de bufunfa - mas dá pra tirar unzinho.

Ou pagar, se, pelas contas, o Fisco decidir que você deveria ter "contribuído" mais do que o verificado.

Shiiiii!

Fique esperto: há dois modelos de declaração, a completa e a simplificada. A primeira delas é para quem quer deduzir todos os gastos incluídos na permissão. A segunda, é para quem vai deixar isso de lado. Falaremos mais delas nos próximos posts

Sua missão de hoje é: ficar calmo que eu explico comcalma mais para frente

segunda-feira, 1 de fevereiro de 2010

Questã de proporção

[Dia 14] Ai, que dificuldade! O assunto desta bela noite de alagamentos (#sampaéanovaveneza) é a questã de proporção. Sabe o textinho que resume o assunto deste estimado espaço virtual?

"Então você é como um daqueles tantos outros: fica de olho em uma calça linda (e cara) mas não compra por dó dos R$ 140 e, minutos depois, gasta esse mesmo valor com coisas bestas que jamais vai usar, tipo um par de brincos com pingente de xamã, um leque chinês e um porta-qualquer-coisa? Pois é: a soma (das parcelas) e a subtração (do salário) são as contas mais complexas que a matemática já nos apresentou."

É hora de quebrar esse círculo vicioso de semi-alfabetização em matemática, minha gente.


O grande problema de pessoas como eu e como você é o prazer que dá abrir a carteira e gastar. Gastar. Gastar. O problema é que gente como a gente não sabe fazer a coisa direito. Extamente como no textinho introdutório aí de cima, compra um monte de coisa inútil para satisfazer aquela necessidade reprimida de comprar uma coisa que realmente gosta.

Certa vez estava lá eu a fim de comprar um sapato. Fui à lojinha e me deparei com o alto custo de R$ 100. Veja bem, voltamos aos idos de 2003: eu era uma jovem bem da jovem, cuja única renda era, bem, nada. Naquela ocasião tinha sei lá, uns R$ 150 para comprar alguma coisa, mas achei que seria demais dar esse dinheiro em um ÚNICO par de sapatos. Que gênia!

A história teria um lindo final feliz e econômico se não fosse o seu arremate final. Sai da loja meio da frustrada e parei em frente a uma segunda lojinha, esta com uns artesanatos. Entrei e me deparei com um lindo incensário de R$ 10. Comprei, pois. Minha aquisição, na sequência, foi uma blusinha maomeno, de uns R$ 30. Depois, comprei uma bolsa ridícula veja bem, RIDÍCULA, por R$ 40.



Vamos somar?

R$ 80

Quase caí pra trás quando vi a merda que tinha feito. O incensário quebrou, a blusinha até que usei umas cinco vezes e a bolsa, jamé! Era zuada demais. E o sapato ficou lá, pra sempre na lojinha, abandonado e se sentindo preterido.

Mas o que você tem a ver com isso, não é mesmo? Poisintão: tudo e nada. Queria na verdade introduzir o assunto.

Quando você quer gastar um dinheiro com qualquer que seja a coisa, pode, e deve, fazer duas análises. A primeira delas é: quanto tempo eu levo para ganhar esse valor? Pense nas horas que você tem que aguentar o chefe chato ou precisa ficar apertando um botão para abrir a porta do escritório de granfino. Vale mesmo a pena desperdiçar todo seu esforço daquele tempo insalubre e incrivelmente tedioso para comprar um leque chinês? Ou aquela echarpe vale toda a hora extra que você fez na sexta-feira?

Agora, se isso não lhe convencer, pense como um consumista moderado: quanto esse valor representa em relação àquele objeto que você quer tanto? Como disse no outro post, meu sonho de consumo, no momento, é um carro. Mas você pode utilizar qualquer coisa como exemplo. Por que diabos eu vou gastar R$ 400 em uma bolsa e um sapato se isso corresponde a uma parte de um bem que eu quero tanto e não tenho dinheiro para comprar? Melhor guardar, não?

Fique esperto: uma boa desculpa que damos a nós meses na hora de gastar é Euprecisodemaisdissovoumorrersemele. Não precisamos de nada que não seja comida, abrigo, remédio e uma peça de roupa para tapar as vergonhas. Claro, tirando as necessidades básicas, como convênio médico e escola dos filhos, por exemplo. Remédio para emagrecer não entra na lista. Contraceptivo sim, por favor!!!

Sua missão de hoje é: definir qual o seu objeto de desejo e estabelecer uma meta para comprá-lo. À vista