Poizé, pessoa querida. Mas eu voltei, afinal... bem, não sei o exato motivo de meu retorno, mas sei o de minha ausência. Só posso dizer que odeio matemática aplicada à economia. Enfim. Chegade lamúrias. Mas espero que você tenha reservado um dinheirinho nesse período sabático do blog e não tenha gastado os tufos como se nao houvesse amanhã. Isso porque hoje me deu uma vontadezin de falar sobre fundos de investimento.
Quando vamos colocar aquela graninha suada em alguma aplicação a primeira coisa na qual pensamos é: qual o risco? Perder aquele dinheirinho de uma hora para outra não é nada legal. Mas tambem o conservadorismo exagerado não é muito bom.
Vamos ao exemplo: conheço uma pessoa X, a qual teve parte de seus recursos aplicados em um fundo de investimento. Tudo nos conformes, se não fosse por um detalhe: a modalidade escolhida foi a renda fixa (não lembro exatamente qual delas, mas acho que era o referenciado DI) e, no período de 12 meses, a remuneração estava em 5,33%. Sabe o que significa esse 5,33%? Porranenhuma, com o perdão de uma eventual grafia equivocada (não sou muito conhecedora de francês). Isso é menos do que a poupança!
Aqueles que conhecem este estimado brog já sabem que o rendimento mínimo anual dela é de 6,17%. Fora que no fundo de investimento você tem que pagar, além do Imposto de Renda, a taxa de administração para o gestor do fundo. Caçamba, para que me pagar um indivíduo que, muito provavelmente, tem a sua idade ou metade dela (dependendo de quantas primaveras você tenha sido testemunha) e cursa alguma universidade de nome por aí pra comprar papel de renda fixa? Compre você mesmo!
Existe um negócio bem legal que se chama Tesouro Direto. É tipo um home broker de títulos da dívida do governo federal. Home broker, praquemnumsabe, é como se fosse o internet banking de sua conta na corretora de valores, na qual você compra e vende ações no mercado. Agora, se você não sabe o que é internet banking nem sei o que você está fazendo em um blog. Ou na internet. Alou, você está aí?
É legal comprar títulos da dívida do governo porque ele é a fonte mais segura. É extremamente difícil um país nao honrar os seus compromissos, porque isso gera uma série de problemas muito maiores para resolver. Não vou entrar nos pormenores porque não faz muita diferença: o fato é que é mais fácil o banco embolsar a grana que você aplicou no CDB do que o Lulinha te fazer uma banana e ir para o México com o seu rico dinheirinho.
O título da dívida paga o juro da Selic, que é de 9,75% ao ano atualmente. Bonito, né? Descontando os custos de abrir uma conta em uma corretora, pagar a corretagem e a custódia do título, rende mais do que a poupança. Mas se a Selic cair, reduz a remuneração também.
Fique esperto: investimento desse tipo é coisa de longo prazo. Incide imposto de renda e, quanto menos tempo ficar aplicado, maior é a mordida do leão. Portanto, não aplique dinheiro que pode ser usado em uma situação de emergência