Aqui é o seu lugar

Então você é como um daqueles tantos outros: fica de olho em uma calça linda (e cara) mas não compra por dó dos 140 reais e, minutos depois, gasta esse mesmo valor com coisas bestas que jamais vai usar, tipo um par de brincos com pingente de xamã, um leque chinês e um porta-qualquer-coisa? Pois é: a soma (das parcelas) e a subtração (do salário) são as contas mais complexas que a matemática já nos apresentou.

Aprochegue-se, sente-se e tome um café! Aqui é o seu lugar e é com você mesmo que eu quero falar. A ideia é: gastar bem e sempre, de forma moderada e inteligente. Juntos, a gente consegue.

quarta-feira, 25 de novembro de 2009

Com a faca na mão

[Dia 4] Acho que lhe preparei bem para esse momento, não é mesmo? Você não teria chegado até aqui, o quarto passo da caminhada, se não estivesse realmente a fim de mudar de vida e por ordem na casa. E como eu já alertei que não seria fácil, hora de dar uma olhadinha no lado direito de sua lista e ver o que você pode cortar. E, principalmente, o que você DEVE cortar.

É preciso identificar os supérfluos e achar alternativas inteligentes. O primeiro a ser assassinado sumariamente é o celular. Especialmente se você tem mais de um. Conta pós-paga? Esquece. Fique com o pré mesmo, e sem crédito algum. Pós é coisa para gente controlada e, se você fosse do time delas, nao estaria aqui, lendo este blog. Por favor, sem melindres e sem levar as coisas para o lado pessoal. Mudanças efetivas não são atingidas com carinho na cabeça.

TV à cabo é outra conta cortável. Assim como academia, revista Caras e similares (iugh!), doces, passeios caros, viagens, manicure, pedicure, lava rápido, entre outros. O que você jamais, em hipótese alguma, pode tirar de usa lista de prioridades são convenio médico, seguro do carro e da casa. E internet, obviamente. Como você vai ler os próximos ensinamentos da educação financeira? Assim complica...

Brincadeiras à parte, é preciso avaliar o que você tem e o que você pode ter. A prestação do carro, mais combustível e seguro estão lhe afundando? Venda e transfira a dívida para outra pessoa. Em posts futuros, daqui a algum tempo quando você estiver mais estabilizado ou estabilizada, falarei de formas inteligentes de comprar um carro sem tanto dinheiro. Mas não agora, a fase é outra.

Em situações como esta, vale a máxima: não gaste hoje o que pode render-lhe retorno amanhã. Mais vale abrir mão de um padrão de vida que você se sufoca para ter do que afundar-se em sua própria tentativa de melhorar sua situação. Uma vida sólida financeiramente depende de bases igualmente sólidas, formadas por pilhas de dinheiro rendendo no banco. É tipo o Brasil e o FMI: agora, que vamos emprestar quase US$ 15 bilhões para o fundo, revertemos nossa situação de primo-pobre e mostramos quem veio botar banca. Faz bem para o ego. E se o ego está devidamente massageado, as coisas positivas fluem naturalmente.

Voltando à poda, acabe com tudo o que pode comprometer seu orçamento. Gasta com restaurante no trabalho? Leve comida de casa. Vai gastar R$ 15 em uma revista? Procure conteúdos similares na internet, a mãe dos pobres e dona de uma cultura inigualavel. Faça suas próprinhas unhas. Lave seu carro. Lave sua roupa. Cozinhe sua comida. Pense antes de gastar cada real de sua carteira. E acima de tudo, tenha em mente: isso é apenas uma fase. Uma fase chata, mas que vai passar. E lhe ensinar muito também.

A parte mais crucial, talvez, virá no próximo post.

Sua missão de hoje é: descredenciar cada contrato considerado como supérfluo

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