Aqui é o seu lugar

Então você é como um daqueles tantos outros: fica de olho em uma calça linda (e cara) mas não compra por dó dos 140 reais e, minutos depois, gasta esse mesmo valor com coisas bestas que jamais vai usar, tipo um par de brincos com pingente de xamã, um leque chinês e um porta-qualquer-coisa? Pois é: a soma (das parcelas) e a subtração (do salário) são as contas mais complexas que a matemática já nos apresentou.

Aprochegue-se, sente-se e tome um café! Aqui é o seu lugar e é com você mesmo que eu quero falar. A ideia é: gastar bem e sempre, de forma moderada e inteligente. Juntos, a gente consegue.

segunda-feira, 23 de novembro de 2009

Passando a limpo

[Dia 2] Que uma coisa fique clara antes de começarmos: nunca disse que isso seria fácil. Sem promessas, é hora de, realmente, botar a mão na massa.

Então você não está nada bem, financeiramente falando? O dinheiro é sugado pelo limite do seu cheque especial tão logo chega o quinto dia útil e as contas não param de cair no débito automático? Ou então elas batem e voltam e aquela loja com cartão próprio já ligou cinco vezes para você nesta semana pelo atraso de dois meses no pagamento da fatura? Melhor (ou pior): cortaram a linha pós-paga do seu celular por falta de pagamento e você ficou apenas com aqueles outros dois telefones móveis de crédito (e sem nenhum crédito, veja bem)? E, no meio do caminho, sua mãe ainda me fica doente e você tem que recorrer ao dinheiro que não tem para comprar remédio?

Nestes momentos você se sente o último burguês que não deu certo de todo esse Brasil e lamenta sua falta de sorte, não é mesmo? Pois largue a mão e se achar tão especial.

Você é tão endividado quanto a pessoa que se sentou ao seu lado no ônibus ou quanto aquele cara dentro do carro bacana. Gastar mais do que ganha é algo inerente ao ser humano relegado a esse mundo regido pelo dinheiro. E e não me venha esbravejar com discursos neo-socialistas porque na hora de comprar aquela roupa nova você bem que gosta do capitalismo. Todos nós gostamos!

O primeiro passo, queridão e queridona, é parar de se achar vítima. Deixar de culpar os outros pelas suas contas a vencer e partir para a ação.

Um exerício simples é a famosa lista de controle. Pegue um pedaço de papel e escreva, do lado esquerdo, seu rendimento mensal líquido. Veja bem: LÍQUIDO. Se é salário, precisa descontar o INSS, IR e até aquele um real simbólico que a firma abate para compensar seu vale refeição.

O pior vem agora, prepare-se: do lado direito, escreva todos seus gastos. Veja bem: TODOS. Até aqueles dez reais que você deve para a vizinha que vende cosmético por catálogo e o sorvete que você gosta de tomar de fim de semana. Tudo, tudinho.

Em momentos como este, tendemos a esquecer de algumas coisas. Não o faça. E não inclua na lista o limite do cheque especial, por enquanto. Vamos por partes.

Após isso, basta somar todos os seus gastos mensais e subtraí-lo do seu salário líquido. Triste, não é? Falaremos dos próximos passos em um terceiro post.

Sua missão de hoje é: inserir na lista aquela conta que você considera insignificante demais para merecer um lugar só dela entre suas despesas. Não a menospreze

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