[Dia 2] Que uma coisa fique clara antes de começarmos: nunca disse que isso seria fácil. Sem promessas, é hora de, realmente, botar a mão na massa.
Então você não está nada bem, financeiramente falando? O dinheiro é sugado pelo limite do seu cheque especial tão logo chega o quinto dia útil e as contas não param de cair no débito automático? Ou então elas batem e voltam e aquela loja com cartão próprio já ligou cinco vezes para você nesta semana pelo atraso de dois meses no pagamento da fatura? Melhor (ou pior): cortaram a linha pós-paga do seu celular por falta de pagamento e você ficou apenas com aqueles outros dois telefones móveis de crédito (e sem nenhum crédito, veja bem)? E, no meio do caminho, sua mãe ainda me fica doente e você tem que recorrer ao dinheiro que não tem para comprar remédio?
Nestes momentos você se sente o último burguês que não deu certo de todo esse Brasil e lamenta sua falta de sorte, não é mesmo? Pois largue a mão e se achar tão especial.
Você é tão endividado quanto a pessoa que se sentou ao seu lado no ônibus ou quanto aquele cara dentro do carro bacana. Gastar mais do que ganha é algo inerente ao ser humano relegado a esse mundo regido pelo dinheiro. E e não me venha esbravejar com discursos neo-socialistas porque na hora de comprar aquela roupa nova você bem que gosta do capitalismo. Todos nós gostamos!
O primeiro passo, queridão e queridona, é parar de se achar vítima. Deixar de culpar os outros pelas suas contas a vencer e partir para a ação.
Um exerício simples é a famosa lista de controle. Pegue um pedaço de papel e escreva, do lado esquerdo, seu rendimento mensal líquido. Veja bem: LÍQUIDO. Se é salário, precisa descontar o INSS, IR e até aquele um real simbólico que a firma abate para compensar seu vale refeição.
O pior vem agora, prepare-se: do lado direito, escreva todos seus gastos. Veja bem: TODOS. Até aqueles dez reais que você deve para a vizinha que vende cosmético por catálogo e o sorvete que você gosta de tomar de fim de semana. Tudo, tudinho.
Em momentos como este, tendemos a esquecer de algumas coisas. Não o faça. E não inclua na lista o limite do cheque especial, por enquanto. Vamos por partes.
Após isso, basta somar todos os seus gastos mensais e subtraí-lo do seu salário líquido. Triste, não é? Falaremos dos próximos passos em um terceiro post.
Sua missão de hoje é: inserir na lista aquela conta que você considera insignificante demais para merecer um lugar só dela entre suas despesas. Não a menospreze
Caio? Que Caio?
Há 13 anos
Nenhum comentário:
Postar um comentário
Manda!