Aqui é o seu lugar

Então você é como um daqueles tantos outros: fica de olho em uma calça linda (e cara) mas não compra por dó dos 140 reais e, minutos depois, gasta esse mesmo valor com coisas bestas que jamais vai usar, tipo um par de brincos com pingente de xamã, um leque chinês e um porta-qualquer-coisa? Pois é: a soma (das parcelas) e a subtração (do salário) são as contas mais complexas que a matemática já nos apresentou.

Aprochegue-se, sente-se e tome um café! Aqui é o seu lugar e é com você mesmo que eu quero falar. A ideia é: gastar bem e sempre, de forma moderada e inteligente. Juntos, a gente consegue.

terça-feira, 9 de fevereiro de 2010

Aqueles 30%

[Dia16] Se tem uma coisa que me irritava quando eu era, digamos, não comedida com a carteira era aquela coisa dos 30% do salário. Por que diabos não posso assumir uma parcela que seja superior a essa proporção mágica? Afinal, daonde saiu essa fatia de bolo cabalística que dita quanto eu posso gastar? O dinheiro é meu ou não é?

Depende. Se o dinheiro que você gasta estiver com a cor azul na conta bancária, ele é seu. Se estiver vermelho, é do banco. Lúdico, não?

Os profissionais especializados em economia domésticas, palpiteiros e outros entusiastas cibernéticos (uhnn.. quem?) não tiraram esse peso do nada. Podem até estar repetindo aos quatro ventos sem conhecer sua real importância, mas a explicação é simples: porque, filhão e filhona, viver custa caro. E além da malfadada parcela dividida em 84 vezes iguais você tem mil e uma coisas para pagar todos os meses — sem contar os imprevistos estraga-prazeres.

Para trazermos essa coisa toda a um ambiente muito mais explicativo vale citar uns dados do Dieese, aquele instituto que levanta os preços de cesta-básica, do custo de vida na cidade de São Paulo e tantas outras pesquisas. Para levar em consideração o efeito da inflação no orçamento da pessoa (o já citado custo de vida) ele cria os pesos que cada gasto tem no seu bolso. Pela média utilizada atualmente, a divisão é a seguinte:

Alimentação: 27,44%
Habitação: 23,52%
Transporte: 13,62%
Saúde: 8,18%
Vestuário: 7,87%
Educação: 6,91%
Equipamento doméstico: 6,13%
Despesas pessoais: 3,96%
Recreação: 2,08%
Despesas diversas: 0,29%


Na prática, isso significa basicamente que, pela média, o salário do paulistano é dividido da forma acima. Cada caso é um caso, mas esse é o básico, visse? Agora me diz, como você vai gastar mais do que 30% na parcela do carro ou de qualquer outra conta se tem que comer e se vestir? Triste, não?

Fique esperto: é exatamente por causa disso que você precisa daquela planilha cheia de números, cifras e rabiscos. É preciso saber exatamente quanto você ganha e quanto pode gastar. Você tem que ter completa noção e intimidade com ela. Ui!

Sua missão de hoje é: fazer uma regrinha de três para saber qual a proporção de gastos do seu salário e comparar com a média do Dieese

3 comentários:

  1. Que medo dessa conta! Estou MUITO longe dessas proporções...#fail!Rs

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  2. Minha querida, logo você pode me divulgar como um case de sucesso!!! Mesmo tendo horror a planillhas e contas, estou super orgulhosa de estar colocando as finanças nos eixos...Beijos

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