Aqui é o seu lugar

Então você é como um daqueles tantos outros: fica de olho em uma calça linda (e cara) mas não compra por dó dos 140 reais e, minutos depois, gasta esse mesmo valor com coisas bestas que jamais vai usar, tipo um par de brincos com pingente de xamã, um leque chinês e um porta-qualquer-coisa? Pois é: a soma (das parcelas) e a subtração (do salário) são as contas mais complexas que a matemática já nos apresentou.

Aprochegue-se, sente-se e tome um café! Aqui é o seu lugar e é com você mesmo que eu quero falar. A ideia é: gastar bem e sempre, de forma moderada e inteligente. Juntos, a gente consegue.

terça-feira, 5 de janeiro de 2010

Crédito de início de ano: vale a pena?

[ParaSairDaRotina] Eu sei, eu sei. Estou exagerando um pouco nas postagens: três por dia é coisa demais. Mas eu fiquei um tempinho fora do ar, sinto a consciência pesar e achei por bem passar as informações que considero mais importantes neste começo de ano. E algo inerente aos meses de janeiro, fevereiro e março - além do calor de fritar o coco e a chuva torrencial - são as continhas de início de ano: IPVA, IPTU, matrícula e material escolares... tudo muito imprevisível, não é?

Como se não bastasse a pobreza que nos acomete no período pós-festas, temos mais essa para nos lascar. Quem mandou não representar o seleto 1% de pessoas que guardou o décimo terceiro, hein? (Saiba mais em Abono, Abono meu).

Neste período, pipocam bancos oferecendo um crédito especial para os festeiros que não ficaram com nenhum dindin no bolso, específico para essas continhas de início de ano. É aí que mora o perigo.



Vi umas opções no mercado e selecionei um exemplo. Vamos chamar a instituição de Banco X.

Neste produto especifico, o cliente pode escolher a data de vencimento da primeira parcela para até 59 dias após a contratação da operação. O juro mensal varia de 3% a 3,99%, sendo que as linhas atingem até 40 meses - desde que a prestação não seja inferior a R$ 40. Não vamos entrar nos pormenores, deixemos apenas essas informações e avaliar três situações:


  1.  Você não tem o dinheiro à vista e quer pagar as coisas tudo de uma vez para conseguir um descontinho, mas consegue arcar com as parcelas no prazo. Por que não pegar o crédito e ser feliz, aproveitando o abono oferecido? Aí que você corre o risco de se estrepar: desconto não é sinônimo de economia se o crédito que você tomar for maior que esse benefício. Aprenda a fazer o cálculo aproximado no post Sem desaforo.

  2.  Você não tem dinheiro nem à vista e nem a prazo. Se nem apertando daqui e de lá você vai conseguir pagar as parcelas, sendo necessário, inclusive, recorrer ao cheque especial para conseguir arcar com a conta de luz, vale a pena tomar o crédito. Claro. O cheque especial custa entre 6% e 12% ao mês (veja mais no post Come dinheiro), portanto, esse dinheiro do exemplo é mais barato, já que o juro vai até 3,99% ao mês. E já que você vai ter o dinheiro todo em mãos, pague tudo à vista, ganhando o descontinho básico e, consequentemente, reduzindo o custo financeiro total. Mas atenção: é preciso tomar um empréstimo que caiba no bolso e que não acabe sendo coberto pelo limite do banco, gerando um gasto ainda maior.

  3. Você prefere procurar outros tipos de crédito, do pessoal ao consignado. Lindo: veja qual tem a taxa menor e seja feliz.


Fique esperto: é sempre bom evitar tomar crédito, porque as taxas no nosso querido país são extremamente altas. Contudo, se não tiver realmente de onde sair a grana para arcar com o compromisso, é preciso fazer uso consciente das linhas disponíveis

Sua missão de hoje é: não sucumbir ao desejo de dormir enquanto o gerente do banco explica as diferentes modalidades de crédito e prestar a devida atenção que o assunto merece. E nunca consultar apenas as linhas de um banco. Aproveite as informações de um barganhando com o outro


(Sua dúvida não foi esclarecida? Não deixe barato: mande um e-mail para pondoordemnacasa@gmail.com e exija seus direitos de leitor não-pagante! Se estiver ao meu alcance, prometo lhe ajudar)

Um comentário:

  1. Muito importante ver quais juros são menores mesmo e se a prestação vai ser paga sem apuros depois, senão não adianta nada, né?

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